domingo, 14 de março de 2010

O começo de uma história...

Antes de mais nada gostaria de dizer que eu nasci com uma deficiência genética que acomete todos os seres da minha espécie: Não tenho polegar. Por causa disso, minha empregada, ops, quero dizer minha humana (ela se diz minha mãe) irá me auxiliar.

Para começar, meu nome é Phoebe (prazer). Eu tenho cerca de 2 anos. Sou uma gata preta muito linda (modéstia parte) e sei muito bem como usar isso em meu favor...

Minha humana ama animais e ama gatinhos. Por isso, qdo ela e o papai se casaram, por ser sentir muito sozinha enquanto meu humano estava trabalhando, decidiram adotar um gato. E foi dessa maneira que eu encontrei meus dois humanos.

Eu vivia nas ruas, não sei por quanto tempo e nem sei como fui parar lá, e fui resgatada pelo abrigo de animais municipal. Não é um lugar onde nós gostamos de ir. Ficar em gaiolas por dias não é nada agradável... e muitos de nós nem chegamos a encontrar um lar... mas isso é algo que eu não quero pensar. Eu tive sorte, pois um dia depois do meu resgate, meus atuais pais foram a esse abrigo encontrar um gatinho. Papai se encantou com a minha doçura, me mostrou para a minha mãe que me achou linda. Ela me disse que sempre quis uma gatinha ou gatinho preto, pois pensa que muitos de nós são vítimas de preconceito. Algumas pessoas pensam que gatos pretos são sinônimo de azar... humpf. Porém, parece que não foi o meu caso, pois além dos meus pais, havia um outro rapaz que pareceu interessado em mim, como minha mãe estava me segurando, ele nem teve a chance de se encantar com a minha "pessoa", meus pais foram mais rápidos. Papai prevendo que talvez outra pessoa quisesse ficar comigo, foi rapidamente pagar o depósito da minha taxa de adoção. Eu tinha um lar!!!! Mas tinha que esperar mais alguns dias pra ir pra minha nova casa, pois eu ainda não era castrada... foram longos dias pra mim e para os meus pais. Minha mãe disse que não via a hora de me ter em casa, todas as minhas coisinhas estavam me esperando, caminha, potinhos, brinquedos, comida...

No dia 21/12 eu fui castrada e os funcionários do abrigo ligaram para mamãe avisando que eu estava disponível no dia seguinte. Meus pais foram felizes me buscar... mas a felicidade veio com uma preocupação.

No momento da entrega, uma moça me trouxe, e mamãe notou que tinha algo amarelo em mim. E eu a moça tb estava suja. No carro mamãe viu que era diarréia. Fomos para casa, meu paizinho marcou consulta com veterinário no caminho. Em casa, eles perceberam que eu estava com uma diarréia muito forte. No dia seguinte comecei a espirrar, cada espirro era um pouco de cocô saindo do meu bumbum contra a minha vontade. Eu dormia boa parte do meu dia e por causa desses episódios tive que passar as minhas primeiras noites no banheiro.

Fomos ao vet no dia 24/12. Eu estava com febre. O vet fez exame de fezes (que eu particularmente odiei) e disse que eu estava bem pior do que aparentava. Além da diarréia, estava com rinotraqueíte. Ele nos receitou um monte de remédios, que eu tinha que tomar umas 5 vezes por dia, e ração especial. No dia seguinte, parecia que eu tinha piorado. Tinha muco no meu olho, eu demorei um pouco mais pra comer. Mamãe ficou triste achando que eu não me recuperaria... mas papai sempre disse que sim.

Muitos dias se passaram, minha diarréia continuava, e eu continuava tomando vários remédios. Voltei ao vet uma semana depois. Ele fez outro exame terrível (ai como eu odeio isso) e disse que não achou nenhum bichinho mas continuou me tratando com antibióticos de antes e adicionou um vermífugo. Mais alguns dias de tratamento e comecei a melhorar. Já não vazava como antes e pude enfim, dormir fora do banheiro. Também me tornei mais brincalhona... essa parte não foi muito apreciada pelos meus humanos porque eu passei a atacar os pés deles a noite.

Meu cocô parecia que estava se formando e deixei de ter diarréia! EBA! Tb não espirrava mais e fomos ao vet mais uma vez... tudo estava bem. Mais alguns dias de remédio e estava livre.

A ração especial acabou e eu passei a comer a ração que o abrigo havia dado no momento da minha adoção... agora começa a outra parte da história.